segunda-feira, 21 de abril de 2008

The Mars Volta, o progressivo do sec. XXI



The Mars Volta é uma banda estadunidense fundada por Cedric Bixler-Zavala e Omar Rodriguez-Lopez, em 2001, que antes eram membro da banda At The Drive-in e também tinham um projeto paralelo chamado De Facto. Essa era uma banda que tinha influências basicamente de reggae, música electronica, música latina, salsa e jazz, o que resultava em um som distinto e universal. Com o tempo foram entrando novos membros no De Facto, lançando CDs e fazendo , principalmente no lançamento do segundo disco (Megaton Shotblast) , fama instantânea . Com isso decidiram largar o At The Drive-in e se dedicar ao De Facto, que logo se transformou em The Mars Volta (nota-se apenas uma modificação do nome ).

Então, finalmente há a criação do The Mars Volta, uma banda não muito conhecida pelas massas porém de grande técnica e capacidade musical. Simplesmente uma das melhores bandas da atualidade, fugindo completamente dos estilos vistos atualmente, como Emocore e Indie Rock. O TMV (se me permitem chama-lo assim) é considerada como uma banda de rock psicodélico , jazz, música latina e rock progressivo. Além de ótimos músicos com álbuns conceituais, a banda também é conhecida pelos seus enérgicos e vigorosos, com grande improvisação ao vivo.

Discografia:

De-Loused in the Comatorium:



De-Loused foi o trabalho unificado de fantasia que contava uma história de um viciado de drogas em coma, na primeira pessoa. Apesar das letras implícitas, The Mars Volta alegava em entrevistas que o protagonista do álbum era baseado em um antigo amigo Julio Venegas, ou "Cerpin Taxt", como mencionado na história, que esteve em coma por vários anos antes de acordar. Nessa época a banda não possuia um baixista. Flea, renomeado baixista dos Red Hot Chili Peppers, tocou baixo em nove das dez música do LP. De-Loused se tornou seu maior hit tanto para a crítica quanto comercialmente, vendendo 500.000 cópias.







Frances The Mute:




Frances se tornou um hit comercial ainda maior que De-Loused, vendendo 123.000 cópias em sua primeira semana e estreando como o número quatro na lista de álbuns da Billboard, principalmente porque "The Widow" recebeu considerável divulgação no rádio. Críticas ao álbum variaram bastante. Talvez o fato mais incrível do álbum, seja o grande envolvimento de Omar em sua criação. Ele escreveu todas as partes instrumentais, assim como realizou os arranjos e a produção.





Amputechture:




O processo criativo continuou o mesmo: Omar compondo a parte musical para Cedric poder escrever as letras, mas desta vez, com mais liberdade para contar histórias obscuras e inusitadas, e iserir vinhetas estranhas, piadas subliminares, toda a sorte de pessoas, eventos, e memórias. Cedric Bixler Zavala encontra novos timbres e registos com os quais lançar as suas letras de poesia surrealista, cantando frequentemente em registos agudos e melódicamente elaborados.





The Bedlam In Goliath:



O Mars Volta apresenta mais um disco conciso e de qualidade certeira. Está tudo lá no tal liquidificador da banda: jazz, música latina, garage rock, insanidade, progressivo, prazer exacerbado, violência sonora, lirismo, liberdade, experimentalismo... Tudo triturado e devolvido aos ouvidos de modo que a sonoridade da banda seja assimilada de maneira interessante e ousada em relação ao universo pop mundial. Mas não em relação ao universo particular em que o Mars Volta vive. Já que no universo da banda ousadia não é novidade. Parece ser mesmo uma necessidade.






sábado, 19 de abril de 2008

Games de Rock'n Roll na internet

Para os entediados de plantão, este post trará alguns joguinhos relacionados a música e ao rock. Baixei ambos e fiz análise deles.

Music Wars 3:
O primeiro jogo é viciante, mas ao longo do tempo fica-se repetitivo.
Você escolhe uma banda para gerenciar, pode ser uma das milhares existentes ou você pode criar uma banda.
Cada banda tem um nível de carisma, dança, voz etc. Variando na escala de 0 a 10.
Também existe um medidor de popularidade em cada região do mundo, para saber o quanto famoso você é.

O jogo não possui gráficos 3d ou 2d...
Você começa gravando um demo, para depois mandar para as gravadoras. Se elas te aceitarem, você pode lançar singles, clipes ou até albuns.
Seu objetivo é alçancar as paradas de sucesso em todo o mundo, tendo varias premiações ao longo do ano, como o Emmy, discos de ouro e platina.

Há também tem a opção de entrar em turnês, escolhendo a região ou o mundo inteiro.

Pontos Fracos:
- É muito repetitivo e acaba enjoando.
- Não há muitas opções do que fazer.
- É extremamente dificil, mesmo ao criar uma banda com o máximo de nivel em cada caracteristica. A maioria não terá paciência.
- O jogo é todo em inglês.
- Se você não tiver uma idéia sobre as bandas, pode ficar perdido no jogo.
-É leve e roda em qualquer computador, sem prejudicar a performance.

Pontos Fortes:
- Começa bem e vicia.
- A idéia é muito criativa, mas falta melhor desenvolvimento.
- Há varias estratégias para fazer sucesso, e cabe a você definir a que melhor encaixa com o estilo da banda.
- É muito realista.
- A interface é simples e facil de se usar.

Nota: 6

Vicia e logo enjoa, mas se a idéia do jogo fosse melhor desenvolvida, teria tudo para ser um jogaço.

Dados:
Tamanho: 2, 36 MB
Gratuito
Sem limitações

Link - Superdownloads (UOL)
Link - Baixaki (IG)




Frets On Fire:
Jogo clone do Guitar Hero ( game onde se toca guitarra obedecendo os acordes da música) , só que mais leve e simples. Apesar disso, é muito bom.
O sistema do jogo é muito simples. Você começa podendo tocar três músicas, com diferentes níveis de dificuldades. As músicas são boas de se ouvir, ficando até na sua cabeça.
Toca-se com o teclado, e o jogo mostra o processo no tutorial bstante divertido.
Você também pode baixar músicas reais na internet! Acesse sites como esse, http://www.ze-games.net/forum/showthread.php?p=4700
O jogo não tem um objetivo, apenas tocar guitarra virtual! =]

Pontos Fracos:
- Vicia demais, ao ponto de não fazer mas nada, só jogar.
- Se você não gosta de instrumentos musicais, nem baixe.
- Pode causar dores no pulso ou braço após muitas horas de jogo.
-Tocar com o teclado pode ser trabalhoso e difícil, apesar de não ser obrigatório.

Pontos Fortes:
- Totalmente em Português.
- É uma idéia inovadora que deu certo.
- É leve, simples e rápido.
- Pode-se tocar sua música de rock favorita! Se conseguir...
- A jogabilidade é otima .
-É possível baixar músicas na internet para tocar no jogo.

Dados:
Tamanho: 30 MB
Gratuito
Sem limitações

Olhe como se joga neste video. O cara toca "Iron Man" do Black Sabbath.

Nota: 9 (Baixe, se você gosta do tema)







Link - Baixaki (IG)
Link - Superdownloads (UOL)

Valeu galera...outra hora venho com mais games que circulam pela internet.
Abraços.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Notícias do rock

Back in Black: AC/DC confirma gravação de novo disco
O vocalista da banda australiana AC/DC, Brian Johnson, confirmou que está trabalhando em composições, que serão o novo trabalho da banda. Em entrevista a uma rádio norte-americana, ele ainda falou que o grupo já está em estúdio há 5 semanas. "Nós estamos trabalhando com Brendan O' Brien, produtor do Bruce Springsteen, e ele é um cara muito legal. Sabe exatamente o que queremos, e isto nos faz soar muito bem. Este será o primeiro álbum em oito anos." disse Brian.
Ele ainda disse algumas coisas sobre uma possível turnê depois que lançarem o disco: "Eu posso dizer que sim, mas você sabe, coisas podem acontecer, mas o que nós queremos é voltar com tudo, estamos todos muito ansiosos. Malcolm e Angus estão elétricos, Phil Rudd já conseguiu toda a mágica do passado na bateria, e Cliff Williams está brilhante, como sempre. Estamos todos nos divertindo muito. Somos velhos amigos do passado nos divertindo um pouco."

Parece então que os rumores de uma turnê estão praticamente confirmados, como sonhavam os fans (eu incluso). Sobre o cd novo, acredito na competência da banda, mas causa estranheza o nome do produtor. Não se pode dizer que o AC/DC tenha uma pegada similar ao Bruce Springsteen. De qualquer forma, só saberemos quando o álbum, que está prometido para esse ano, sair.

Turnê do Kiss terá Alive! completo
Em entrevista a uma rádio italiana, o guitarrista do lendário Kiss, Tommy Thayer, afirmou que a banda irá tocar todas as músicas do álbum Alive! na turnê européia Alive 35 Word Tour, que começa dia 9 de maio na Alemanha. Thayer disse ainda que a turnê terá "músicas obscuras, nunca tocadas antes".

E agora a parte mais importante: o guitarrista revelou que existem sim planos para uma turnê mundial, incluindo EUA, Canadá, América do Sul, e possivelmente o Japão.

Se a banda passar por aqui, é quase certo que o Brasil está incluído. O Kiss já passou por aqui 3 vezes, e eles sabem que a comunidade de fans no país é grande. Uma mina de ouro, portanto, em shows. Tanto faz. Essa notícia significa felicidade para os fans do Kiss, e mais dinheiro para o tio Gene Simmons.

Revoltado, Scott Weiland critica indústria musical
O ex-vocalista do Velvet Revolver, Scott Weiland, teceu duras críticas à indústria musical. Demitido recentemente do VR, ele disse que os artistas hoje em dia tem que ter um "olho nas costas" e relatou que o meio musical mudou muito nos últimos tempos (jura??).

"Acho que somos um pouco mais espertos e bem mais inteligentes. A indústria musical decaiu tanto que acabou engolindo à si mesma. Os sobreviventes hoje são mais 'durões'. Você tem que ter um olho nas costas e ser muito mais esperto para não ser passado para trás. Eu acho que todos aprendemos com estas experiências." disse.

De fato, ele tem razão. Os artistas devem ser expertos no meio músical hoje em dia, totalmente saturado. Mas antes de sair do VR, ele não fazia esse tipo de declaração. É fácil reclamar quando se está por baixo, apesar de seu retorno ao Stone Temple Pilots. De qualquer maneira, só estou aliviado por vê-lo longe do Velvet (eu disse!).
A banda ainda não encontrou um novo frontman.


Guitarrista do Queen é novo chanceler de universidade
Brian May, eternizado como guitarrista do Queen e astrofísico nas horas vagas, foi nomeado o novo chanceler da universidade John Moores, em Liverpool. Ele entrou no lugar da mulher do ex-primeiro ministro britânico, Tony "Cãozinho do Bush" Blair. Brian presidirá cerimônias de graduação e representará a universidade em ocasiões especiais.

"É como uma homenagem pelo grande interesse que ele tem demonstrado em relação à natureza do nosso universo. Com pouco mais de 20 anos, May teve uma escolha a fazer - optar pela ciência ou pela música. Ele escolheu a música, mas nunca esqueceu da ciência." afirmou Mike Bode (sim, esse é o nome do sujeito), diretor do instituto de pesquisa de astrofísica da universidade.

No ano passado, o guitarrista terminou seu PhD no Imperial College e ainda recebeu um título honorário por sua contribuição à astronomia e entendimento público da ciência.

Não sei vocês, mas eu nunca o vi dando aulas de física em shows ou na tv...daqui a pouco é o que? Zakk Wylde virando chanceler em cerveja e Joe Satriani em marcas de óculos escuros? É cada uma...

Leia a notícia completa aqui .

Headbanger mata bode e vai preso

De longe a notícia mais bizarra de hoje. Scott Peter Romano (28), membro de uma banda de metal, foi preso por ter feito um ritual satânico com um bode, numa igreja de Brisbane, sexta-feira 13. Ele admitiu o ritual e a morte de um bode chamado "Maddie", mas negou participação. O juiz não caiu na lorota e sentenciou Romano a 1 ano de prisão pelo roubo e morte do bode, com direito a condicional apóas 4 meses de pena cumprida.

"Qualquer membro desta comunidade acharia esse comportamento bizarro e completamente inaceitável. A única conclusão a que posso chegar é que foi alguma forma de ritual." disse o perspicaz juiz.

Preciso comentar?

Leia aqui a bizarrice completa.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Here are the young mans...

É muito difícil falar de banda fundadora de um movimento musical, especialmente de uma vertente do punk, que se ramificou em dezenas de correntes. Porém notam-se as bandas que trouxeram - no à tona. Para falar do pós-punk, tenho que falar da banda que o levou a superfície e do ambiente propicio que fora criado pela onda “faça você mesmo”. Uma série de gravadoras independentes estava divulgando musicas das mais diversas bandas. Qualquer um poderia juntar três amigos e tocar. Eis que após um show do Sex Pistols em Manchester, quando Peter Hook (baixista) , Terry Mason (pseudobaterista, ele nem batera queria ser...) e Bernard Summer (guitarrista) conheceram um jovem chamado Ian, resolveram formar uma banda para servir de apoio à bandas punks mais famosas da região.

Depois de um tempo batizaram de Warsaw, baseado na musica Warszsawa de David Bowie, mas por terem receio de serem confundidos com uma outra Warsaw Pakt, colocaram o nome de Joy Division; Divisão da alegria, a área onde as mulheres judias são mantidas prisioneiras e "oferecidas" sexualmente aos oficiais nazistas. Após uma serie de mudanças vem o baterista, definitivo, Stephen Morris, terminando a formação que os tornou famosos.


Por que perder tempo falando desses caras???
99% das pessoas pensam que estou falando de uns inexpressivos quaisquer... Pra começarmos: o Bono disse que sem o Division, o U2 não existiria. Acho que estamos nos entendendo.

Eles trouxeram um lado antigo e obscuro da musica, perdido entre a fúria e a violência de Johnny Rotten e Ramones. Possuem claríssimas fontes no ultra-romantismo, que Ian Curtis lera quando mais novo. É difícil definir Curtis, um jovem atormentado que sofria de epilepsia, depressão ,fã de Iggy Pop, Lou Reed e David Bowie. Porém como poucos ele punha suas dúvidas em suas letras e melodias, que falam do lado negro da vida. Agora um conselho, sob nenhuma hipótese ouça suas musicas quando triste: o suicídio vai parecer uma ótima opção. Exatamente o que o vocalista fez em 1980, aos 23 anos.


"Parece que é tudo negro é obscuro", palavras da revista inglesa Death Disco sobre o primeiro cd da banda,Unknown Pleasures.

Único álbum lançado antes do suicídio de Ian, foi esse que os fez conhecidos pela Europa. Já mostrava suas características mais claras, com uma banda de estilo mais complexo que as da época, que ia além dos famosos "três acordes" típicos do punk. E tem uma base intensa, como se vê em New Dawn Fades, onde se ouve a bateria e baixo num ritmo calmo e passivo, surpreendentemente em primeiro plano, e o desespero expresso pela angustiante guitarra e pelos lamentos do jovem cantor. Nota-se também inovações da música eletrônica, como em She’s lost Control , que seriam muito aprofundadas quando os membros remanescentes formam o New Order. Além de outros recursos, como vidro se partindo e outras viagens.

Muitos não compreendem como uma banda que mal durou quatro anos pode ter sido tão importante para definir o cenário rock britânico dos anos 80. Devemos entender que falavam da falência do sistema e das contradições que estão presentes na nossa vida até hoje. Para muitos, as músicas devem ser felizes, devem melhorar nosso humor, ”shiny happy people”. Respeitando a opinião alheia, o rock é um reflexo da vida, como qualquer forma de cultura. E este estilo mostrou que, como diria John Lennon, ”the dream is over”. Mas nós continuamos aqui...


Discos de Estúdio

Unknown pleasures (1979)
Único álbum lançado antes do suicídio de Ian. Foi o que fez a banda conhecida na Europa. Já mostrava suas características mais claramente, com o Joy Division sendo uma banda de estilo mais complexo que as da época. Aqueles acostumados com as músicas de 3 acordes do punk foram surpreendidos com composições que usavam som de sprays, vidros quebrando e sintetizadores, até então incomuns. Após o suicídio de Ian, os integrantes da banda levaram o uso de sintetizadores para o New Order. Enfim, esse é um disco sombrio e revolucionário.


Closer (80)

Foi feito antes da morte de Curtis, apesar de ter sido lançado depois. Mantem a essência o original, porém aprofunda uma tendência clara. O som instrumental era dançante e em grande parte animado, porém são a melodia e as letras, filhas do divórcio dele e uma intensificação de sua epilepsia, que mostram o contraste entre luz e escuridão, tristeza e alegria. Esse verdadeiro caos musical exprimiu como poucos a essência humana. Foi gravado de modo, no mínimo, diferente: as gravações foram feitas sobre uma abóbada de estuque, para que o som ecoasse com se fosse numa capela.

O álbum é um verdadeiro enigma. A imagem da capa é católica gótica e até mesmo o nome, Closer(mais perto), é ambíguo. Vendo o contexto, nota-se que Ian ia jogar tudo para o alto. Simplesmente divino. Está no Ranking da “Rolling Stone” como um dos 500 maiores álbuns de todos os tempos. Merece.


Concluindo

Foram lançados álbuns pos-mortem como Still (81), Substance (88), dentre outros compactos. Sinceramente não imagino que todos apreciem, mas a idéia é que eles foram poucos conhecidos por que não chegaram a se apresentar em solo americano, Meca da música mundial, mas penso que é um tipo de musica que vale a pena. É quase unanime que o mais interessante eram os shows do Division, onde as luzes formavam uma atmosfera sombria, aliada às danças frenéticas do vocal imitando seus próprios ataques epileticos, mas isso infelizmente eu não posso mostrar...ainda bem que existe a internet!!!
Falar só não adianta nada. Abaixo os links no ioutubi e , caso gostem, assistam Control, filme baseado na biografia de Deborah Curtis, a mulher do indivíduo, que ajuda a entendê-lo.


Apresentação da banda no Granada



Trailer do filme "Closer"



I believe in Joy division

Pedro Lima



terça-feira, 15 de abril de 2008

Algumas observações importantes

"And the medal goes to....Rock Zoo!"

Alguns de vocês já devem ter percebido os prêmios que nós ganhamos recentemente ali ao lado. Esses selos são frutos de nosso trabalho e dedicação com este blog, que nós levamos a sério e fazemos com capricho. Pode parecer clichê, mas a verdade é que nada disso aqui seria possível sem vocês, leitores. Em pouco mais de um mês de blog, já temos mais de 1000 visitas de diversos países, posts bem comentados e leitores fiéis.

Em nome de toda a equipe Rock Zoo, agradeço muito ao blog E-Brasil e Futebol e Discussões pelas indicações e à vocês, queridos leitores, pelos acessos e pelos comentários motivantes. Todos eles, sejam elogios, sugestões ou críticas, são levados à sério por nós, e só colaboram para melhor. Agora as nossas próprias indicações à medalha:

Bar do Smoke bem irreverente e interessante

Babel com seus textos bem escritos

Rock Mania blog bem caprichado, que inclusive virou nosso parceiro agora


A polêmica do Bon Jovi

Na lista de "discos para conhecer o hard rock", que eu publiquei ontem, coloquei o álbum Slippery When Wet do Bon Jovi. A maioria concordou, mas alguns vieram discordar, falando que a banda é pop e não merecia estar na mesma lista que bandas como Led e Kiss. Teve um até dizendo que Judas Priest era hard rock...

Ok, vamos lá. Bon Jovi é pop? É sim. Mas isso é algo relativamente recente. Eles acompanharam o ritmo da indústria musical e se distanciaram de suas raízes hard, puxando seu som para um pop rock. Só que é inegável que Slippery When Wet é um trabalho do Bon Jovi no auge de sua fase hard rock. Alguém aqui diz que Let it Rock é uma música pop? Ou Wanted Dead or Alive? Não, pq essas músicas nem de longe são isso.

Todos têm o direito de não gostar de algo, mas não se pode fechar os olhos para os fatos. Ao invés de criticar tanto, pq não escutam o cd? Menos perda de energia e mais conhecimento musical para todos. ;)

Obrigado a todos que elogiaram e criticaram a lista, esse é um espaço aberto a debates mesmo. =D

Capa Original de Appetite for Destruction

Aqui está a capa original de Appetite for Destruction, do Guns N' Roses, que pediram nos comentários do último post. Não coloquei antes pois a outra é mesmo a que ficou eternizada na imagem do álbum, mas aí está o robô estuprador que gerou tanta polêmica no lançamento do disco.

A gravadora então recolheu os discos e lançou novas prensagens com uma ilustração mais simples, e bem menos polêmica: uma cruz com os membros da banda, baseada em uma tatuagem de Axl Rose. Os discos com essa capa original se tornaram raridades instantâneas. De qualquer maneira, um bom exemplo da irreverência do Guns.

HD Online do Rock Zoo

O Matheus teve a idéia genial de fazer uma espécie de HD Online do blog, com músicas e discos que aparecerem por aqui. É uma boa iniciativa, pois facilita o acesso a muitas coisas das quais falaremos no blog, colocando tudo em um local só. Apenas lembrando que o HD não está hospedado no Rock Zoo e não é apologia à pirataria. Se gostou das músicas e do artista, compre seu trabalho, pois essa é a melhor maneira de prestigiar e valorizar a música. =D

O HD você pode conferir aqui (já foi usado 2 vezes sem ao menos ter sido divulgado, isso que eu chamo de compartilhamento rápido xD).

domingo, 13 de abril de 2008

Discos para conhecer o hard rock

Salve pessoal,

Como o objetivo do nosso blog é justamente difundir conhecimento musical entre as pessoas, resolvi fazer uma lista com os discos principais do hard rock, para que esse estilo chegue a mais gente. Esse é o primeiro post de uma série que nós faremos, com os principais álbuns de cada estilo do rock. Para alguns a lista talvez pareça óbvia, mas como ninguém nasceu sabendo, é sempre bom indicar estes álbuns clássicos.
Outra coisa: por ser pequena, a lista com certeza é injusta. Muita coisa boa não foi incluída, mas ainda assim, transmite uma ótima noção do que foi o hard rock. ;)
Quem quiser mais indicações, pode pedir nos comentários, que eu farei com prazer.
Chega de papo, vamos à lista:

Van Halen - Van Halen (1978)

Quando os irmãos Edward e Alex Van Halen resolveram trocar entre si a bateria e a guitarra, não tinham idéia da importância daquele caminho por onde iam. Fundaram o Van Halen, e deixaram sua marca na música logo com este impressionante disco de estréia. Os riffs de Eddie e Roth imprimem ao álbum uma característica vibrante. Das buzinas de carro que anunciam Runnin' With The Devil à arrasadora On Fire, o disco é uma mistura insuperável de elegância sonora e letras lascivas. Destaque para o show particular de Eddie Van Halen em Eruption. Sem dúvida um clássico do hard rock.


AC/DC - Back In Black (1980)
Esse álbum pode ser considerado um dos pilares do hard rock, pois captura toda a essencia do mesmo em todas suas 10 faixas. Os sinos que anunciam a intensa Hell's Bells já mostram o poder de imersão deste disco. Esse foi o primeiro trabalho da banda com o vocalista Brian Johnson, após a morte de Bon Scott. Mas ao invés de fazer um álbum sombrio, os australianos optaram por fazer um disco vibrante, divertido e intenso, nas raízes do puro hard rock.

Os riffs dos irmãos Young marcam Back In Black, e aliados ao vocal competente de Johnson, eternizaram as músicas do cd, como a própria Back in Black, You Shook Me All Night Long e Shoot to Thrill. Ainda encontraram tempo para alfinetar os críticos do rock, com Rock and Roll Ain't Noise Pollution. Essencial.



Guns N' Roses - Appetite for Destruction (1987)
Se eu fosse definir esse álbum em 2 palavras, seriam "obra prima". Esse foi o primeiro trabalho do Guns N' Roses, e foi logo o que catapultou a banda para a fama mundial. O disco, que continua sucesso de vendas até hoje, curiosamente não foi um sucesso imediato. Apenas depois que o clipe de Welcome to the Jungle passar na MTV às 4 da manhã em um domingo, que os fans de rock começaram a pedir o vídeo em massa. Também rendeu à banda o título de "mais perigosa do mundo", após 2 fans morrerem em um show da turnê de Appetite.

O sucesso se deve aos vocais diferentes de Axl, aos riffs geniais de Slash e às músicas, todas incríveis. Algumas foram eternizadas, como Welcome to the Jungle, Sweet Child O' Mine e Paradise City. Toda a vulgaridade obscena e a postura cool do Guns está contida nesse disco, cujo sucesso a banda jamais conseguiu igualar. Um fenômeno do hard rock.


Bon Jovi - Slippery When Wet (1986)
O terceiro álbum de estúdio do Bon Jovi, e o que os lançou definitivamente nos EUA. Slippery apresenta a banda em sua melhor forma, ou seja, no auge de sua fase hard rock. E rendeu para eles diversos discos de platina. Pode-se dizer que com esse álbum o Bon Jovi conseguiu o que até então era impensável: atrair as mulheres para o hard rock.

A energia de Jon mesmo nos vocais mais agudos, as letras facilmente identificáveis e os sintetizadores com melodias contagiantes contribuíram para o estrondoso sucesso do álbum. O guitarrista Richie Sambara solava fantasticamente, e imprimiu essa característica marcante no disco em músicas como Wanted Dead or Alive, Let it Rock e Livin' on a Prayer, todas clássicos do hard rock. Definitivamente, esse álbum é um dos frutos mais doces do gênero.


Kiss - Alive! (1975)
O Kiss passava por dificuldades. A banda não estava tendo bom retorno financeiro, apesar de toda a sua teatralidade e pirotecnia no palco. A gravadora deles ia mal e o futuro era incerto. Eis que a banda lança Alive, e toda a situação muda. Os shows lotavam e as vendas iam muito bem, obrigado. Não é difícil entender o motivo do sucesso. As letras divertidas e os riffs de guitarra criaram verdadeiros hinos não só do hard rock, mas do próprio rock n' roll. É difícil encontrar alguém que não conheça Rock and Roll All Night e Strutter.


Supostamente, o álbum foi gravado ao vivo. Então pode-se dizer que os fans se desapontaram quando descobriram que a banda havia feito tudo em estúdio, e inserido os barulhos da platéia. O Kiss argumentou que só fizeram isso para corrigir erros e deixar a experiência mais divertida. De fato, eles conseguiram. Não importa como: Alive! é um álbum divertido e sólido, uma pérola do hard rock.


Black Sabbath - Paranoid (1970)
Ao contrário do que a maioria pensa, Black Sabbath não foi uma banda de metal, nunca se consideraram isso. Mas é inegável que seu trabalho pavimentou o caminho para o gênero. Paranoid, segundo álbum da banda, é talvez o disco do BS que mais se destaque nesse sentido. Os riffs intensos e objetivos de Tony Iommi, juntamente com os vocais únicos de Ozzy e a percussão mais lenta, deram um tom sombrio ao álbum, garantindo à banda o título de "pais do metal".

A música War Pigs originalmente dava nome ao disco, mas a gravadora trocou o nome para Paranoid devido à proximidade com a guerra do Vietnam. As músicas Iron Man, Paranoid e War Pigs são consideradas clássicos do metal. Também pudera, a banda é legítima representante do hard rock cru e pesado, que se fundou as bases para o metal, e justamente por isso esse é um dos álbuns mais importantes não só do hard rock, mas de todos os tempos.



Led Zeppelin - IV (1971)
Primeiramente: tudo do Led Zeppelin merece ser ouvido. Só que no meio de tanta coisa boa, um trabalho se destaca: o quarto álbum de estúdio do Led. O disco é o terceiro mais vendido na história, com 23 milhões de cópias vendidas apenas nos EUA, e consagrou o Zeppelin como uma das bandas mais importantes que já existiram. Para isso nem precisou de um nome oficial. O guitarrista Jimmy Page se refere ao álbum como "o número quarto, só isso".


O disco apresenta toda a genialidade de Page na guitarra, assim como de Robert Plant nos vocais, únicos na época. Entre as faixas, destaque para Black Dog, Rock and Roll e para a antológica (e linda) Stairway to Heaven. Houve até um movimento que pedia essa música como hino nacional dos EUA. Com uma sonoridade incrível, o disco arrebentou nas paradas de sucesso pelo mundo afora, e até hoje suas músicas marcam presença nas rádios de classic rock. Sem dúvida um dos mais importantes, senão o mais importante, discos do hard rock e de toda a música. Um álbum genial e essencial.

sábado, 12 de abril de 2008

[História] - A era mais animada do Rock! (Parte 2)

Continuando a Coletânea História do Rock do Rock Zoo. (Segunda Parte)
Link da Primeira Parte (Clique Aqui)
No final, Download das melhores músicas dos artistas Chuck Berry, Elvis Presley, Bill Haley, entre outros.
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Aonde Paramos:
O Disk Allan Freed já modelava o ritmo do Rock em seu programa de rádio, nomeando o novo estilo de “Rock’n Roll”. Mas quem definiu a batida foi Bill Haley:


Bill Haley:
Merece o título de “Pai do Rock”. Criou o ritmo a partir das batidas de jazz. O sucesso veio em 1954 com Shake Rattle and Roll, primeiro grande hit da história do rock.

O maior sucesso foi Around The Clock (Clássico! Você já deve ter ouvido em festas...), gravado por Bill Haley com sua banda The Comets.

A temática de suas músicas era inocente e ao mesmo tempo dançante. Porém, não conseguiu continuidade na sua carreira, sendo vítima do próprio ritmo que criou. Com o surgimento de astros mais jovens (Elvis, Berry etc.), que eram de mais fácil identificação com o público e simbolizavam melhor o estilo rebelde e jovem. Bill parecia um velho no meio da garotada, sendo julgado como ultrapassado. Uma pena.
Bill Haley morreu em 1981, aos 55 anos, de ataque cardíaco, após um derrame cerebral, no Texas.

Cantou Rocket 88, considerada a primeira música de rock da história, de Ike Turner.

Mas sobre esse artista

Playlist com as músicas de Haley

A partir de Bill, começaram a surgir em massa vários outros grandes artistas, reforçando e fortalecendo o rock.

Preconceito: As classes conservadoras da sociedade estadunidense não suportavam esse tipo de música. Em função disso, as rádios buscavam um jovem branco bonitinho que pudesse representar o estilo. E acharam Elvis Presley. Porém moda continuava, com a juventude adotando a rebeldia e delinqüência como exemplo a ser seguido. Era um ritmo desafiador, uma forma de reposta juvenil contra seus pais conservadores.



Elvis Presley: Rei do rock. Sem Elvis Presley não haveria Beatles e sem Beatles todo o rock inglês seria diferente e provavelmente restrito à Inglaterra. Sem Elvis não haveria Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Buddy Holly ou Gene Vincent. Sem Elvis, o rock provavelmente teria sido apenas um estilo americano.

Por quê? Porque até o surgimento de Elvis, todo mau comportamento era restrito aos negros. E dentro desta lógica racista, música negra era música pagã, portanto tabu e pecado. Elvis, ao rebolar e se portar instigantemente sexual, atropelou o grande tabu anglo-saxão protestante (sexo). Ao fazer sucesso com isso permitiu o apoio comercial que foi decisivo na evolução do estilo musical, e no processo deu passe livre para mais de uma geração artística seguir o mesmo caminho.

É impossível negar que grande parte do material produzido por Elvis Presley depois da década de cinqüenta, é em termos de rock ‘n’ roll, de qualidade duvidosa, senão medíocre.

Porém ele bateu vários recordes que permanecem até hoje, como o maior número de músicas nas 100 + paradas dos EUA e o maior número de discos de ouro.
Maiores sucessos: Jailhouse Rock, Love me Tender, Viva las Vegas, Suspicious Mind etc.

Mais sobre esse artista

Playlist com as músicas de Elvis


Chuck Berry: Mas um negro que surgia no cenário musical. Chuck foi um dos principais representantes do estilo na época, influenciando vários jovens. Infelizmente sofreu com o preconceito, que o impediu de alcançar mais sucesso. Ele sobe às paradas com a música Maybline.

Mais do que tocar rock Chuck Berry criou um estilo com suas letras e presença de palco que viriam a ser influência de todos dali para frente. Suas letras eram simples e falavam do cotidiano de seus ouvintes, garotas, carros e conflitos de geração; foi o primeiro compositor de rock a pregar o amor como diversão e sem maiores compromissos.

Seus maiores sucessos foram Johnny B. , School Days , Roll over Beethoven, entre outros.

Boa parte do sucesso se deveu à incrível presença de palco. Mais do que cantar, Berry tocava guitarra como um demônio, gesticulando, correndo e fazendo o seu clássico "duck-walk". Era mais do que um cantor, músico ou poeta. Chuck Berry foi o primeiro artista de rock completo.
The Beatles e Rolling Stones tocaram vários covers de Chuck.

E ele ainda está vivo, com 80 anos. Não pense que Chuck Berry é um cara que vive do passado, porque no começo do ano que vem, ele lança seu primeiro disco com material inédito em 20 anos.

Mais sobre esse artista

Playlist com as músicas de Berry



Little Richard: Negro, afeminado, maquiado e com um penteado no mínimo exótico. Não precisa dizer o impacto que foi a sua presença para a sociedade conservadora.

Criou o grito de guerra mais conhecido do Rock ‘n Roll > a wop bop a loo bop a lop bam boom . Com seu sucesso Tutti Frutti.

Guerra de Gravadoras: Com Elvis tirando onda no topo das paradas, as outras gravadoras procuravam artistas que pudessem rivalizar com o rei. Lançava-se Roy Orbison com Ooby Dooby e Gene Vincent and The Blue Caps com Be Bop A Lula.

Com uma sonoridade um pouco diferente, mais marcada pela música negra de origem, principalmente gospel, começava a despontar o talento de James Brown com o quase soul Please Please Me.

Com o ingresso de Elvis nas forças armadas Jerry Lee Lewis era o candidato natural para seu posto, rebelde, carismático... e branco. Seu apelo ao público era proporcional ao seu ego e Great Balls of Fire rapidamente se tornou o sucesso.

Continuando: Elvis Presley, de volta de seu serviço nas forças armadas, passaria de rockeiro rebelde a entertainer familiar, gravando praticamente apenas baladas. A juventude finalmente notara que Bill Haley e Allan Freed afinal já não tinham idade para serem ídolos jovens. Talvez o rock finalmente tivesse morrido. Ou talvez apenas precisasse de algumas mudanças...


No Próximo post...o rock inglês domina o mundo com Beatles e Rolling Stones.

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Os Puxa-sacos: Alice Cooper se baseou em Screamin’ Jay Hawkins. Um cantor dos anos 60 tão bizarro como o Cooper. Seus shows eram apresentações bizarras, com caixões, aranhas falsas, fogos de artifício e um cajado com uma caveira enfiada nele, chamada Henry. Uma clássica aparência voodoo.
Esse figura escreveu seu nome na história do blues. E nos deixou uma frase muito interessante que diz:

"Eu vim para este mundo negro, nu e feio. E não importa o quanto eu acumularei aqui, é uma curta viagem. Vou sair deste mundo negro, nu e feio. Então eu aproveito a vida."

Abraços, qualquer critica ou comentário, estou a disposição. =]
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Uma observação: Nosso Blog ganhou Medalha de Ouro. Por ser um blog sério e de qualidade! Parabéns equipe Blog Rock Zoo ™
Eis o link do concurso

Até a próxima!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

The Doors , A Lenda Psicodélica

"If the doors of perception were cleansed every thing would appear to man as it is, infinite.”

Baseado nesta citação, Aldous Huxley assume que o cérebro
humano filtra a realidade de modo a não permitir a passagem de todas as impressões e imagens que existem efectivamente. Se isso acontecesse, o processamento de tal quantidade de informação seria simplesmente insuportável. De acordo com esta visão das coisas, as drogas poderiam reduzir esse processo de filtragem, ou "abrir as portas da percepção", como é dito metaforicamente.
Devido a tematica do livro , o nome The Doors foi adotado pela banda. O grupo era composto por
Jim Morrison (voz), Ray Manzarek (teclados), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria
).

O estilo musical dos The Doors baseia-se essencialmente numa mistura entre blues
e o psicadélico. Ray Manzarek fornece elementos de música clássica e blues, Robby Krieger insere ritmos de flamenco,
enquanto que Densmore usa os seus conhecimentos de jazz na bateria. As letras, escritas por Morrison, eram de certa forma obscuras. Trazia grandes influências da literatura, principalmente do Romantismo e Simbolismo(exemplo de autores:Charles Baudelaire e Arthur Rimbaud), com referências ao existencialismo e à psicanálise.


Análise de albúns:

The Doors (1967)
A sonoridade pode ser descrita como um blues urbano e sombrio, misturando influências da música negra e de elementos totalmente novos no mundo da música pop. Sucesso de público (transformou-se logo em disco de ouro) e muito elogiado pela crítica, o álbum se tornou um dos maiores clássicos da história do rock e colocou Jim Morrison e os Doors entre os maiores ícones pop do século. Este é o primeiro disco da carreira dos Doors. Misture filosofia francesa, pitadas de existencialismo, culto à morte, alucinações psicodélicas e o que você tem? Ora, o primeiro disco dos Doors, um dos mais revolucionários e transgressores da história do rock americano.


Strange Days (1967)
No mesmo ano em que haviam invadido os EUA com seu primeiro disco e com o single de grande sucesso Light My Fire, os Doors prepararam seu segundo trabalho, Strange Days. Mesmo não tendo conseguido atingir o mesmo impacto que o disco The Doors causou na mídia, lançou canções de sucesso popular (People Are Strange e Love Me Two Times) e vários clássicos da banda (principalmente When the Music's Over), além de faixas pouco conhecidas, como You're Lost Little Girl e I Cant See Your Face In My Mind, que podem facilmente entrar na lista das melhores do grupo. Apesar de manter o mesmo estilo que havia sido consagrado no disco de estréia, Strange Days tem menos influências de blues que seu antecessor, dando mais ênfase ao lado sombrio das composições, os "dias estranhos" do título e da capa. O trabalho mais artístico dos Doors, sem dúvida. Começando pela capa, em estilo nitidamente europeu, pelo som que se tornou único dentro da história do conjunto e pelo conteúdo das letras, que ficaram mais elaboradas do que nunca.


Waiting For The Sun (1968)

O terceiro disco dos Doors, Waiting for the Sun, é considerado como sendo o trabalho mais comercial da banda. Talvez injustamente: se por um lado contém canções extremamente radiofônicas, por outro possui algumas bem estranhas. O disco é o mais "paz e amor" da banda. Enfim, é um trabalho irregular, com altos e baixos visíveis, o que acaba contando contra no balanço geral da avaliação do conjunto da obra. "Waiting For The Sun" pode ser considerado o menos inspirado LP dos Doors, o mais frágil e o menos destacado do conjunto.





The Soft Parade (1969)
The Soft Parade foi o disco dos Doors que teve a mais longa e cara produção. Foi lançado em julho de 1969 (depois de quase um ano de preparo), mas não foi bem acolhido pela crítica, e também pelo público, que acusou a banda de terem se vendido. Mas a verdade é que esse é realmente um disco bem diferente do que os Doors já haviam lançado anteriormente. Mas logo o single "Touch Me" invadiu as rádios e elevou as vendas dos álbum, que se tornou mais um sucesso.








Morrison Hotel (1970)
Este disco foi saudado pela crítica, considerado um retorno as raízes. O The Doors estava de volta as suas influências iniciais. Apesar de não ter tido nenhum single a estourar nas rádios, em meras três semanas à venda atingiu a categoria de disco de ouro. Foi gravado em uma época muito difícil para o vocalista, Morrison, que estava tendo que se apresentar em audiências judiciais para se justificar do atentado ao pudor cometido por ele em um show em Miami. Jim foi sentenciado a dois anos e meio de prisão, mais uma multa. Porém seu advogado apelou e pagou uma multa de 50 mil dólares e ficou em condicional. Esse fato acabou por deixá-lo extremamente afetado, deprimido.


L.A.Woman (1971)

Como Morrison Hotel já dava sinais, os Doors haviam se transformado mais do que nunca numa banda de blues, e esse último lançamento é basicamente todo dedicado a esse estilo. Curiosidade: Logo no começo dos ensaios Jim percebeu que o som ficava ótimo dentro do banheiro e sugeriu que toda a banda fosse para dentro do sanitário! Com a recusa dos demais membros da banda, o Rei Lagarto não se fez de rogado, gravou todas as faixas sentado em um banquinho ao lado da privada.




Curiosidades sobre a vida do poeta:
Num conturbado show em New Heaven, Jim foi preso em pleno palco por desacato a autoridade. Segundo ele, estava conversando com uma garota nos bastidores quando um policial os surpreendeu e borrifou algo em seus olhos, o que o cegou por alguns momentos. Ao entrar no palco, Jim contou a história e acabou por ofender as autoridades, que o levarem na mesma hora.

Morrison ficou famoso pelas suas "orgiásticas" performances. Num dos shows, Jim abre o ziper da calça e começa a se masturbar, e de repente, ajoelha-se em frente a Krieger e simula sexo oral! A platéia veio abaixo! Destruiram os equipamentos e o palco desmoronou. Em outro abaixa as calças, mostra seu pênis ao público e grita ao microfone: "Vocês querem meu pinto?" Alguns dias depois, Jim recebeu um mandato de prisão. Após esse conturbado episódio, várias apresentações que fariam em concertos foram canceladas.
Pode-se ver no vídeo (cena retirada do filme The Doors com Val Kilmer ) o ocorrido no show que levou a prisão de Jim Morrison.


Em Paris, morreu em 3 de Julho de 1971, na banheira, com a idade de 27 anos. Muitos fãs e biógrafos especularam sobre a causa da morte, se teria sido por overdose,embora Jim não fosse conhecido por consumir heroína, Pam fazia-o (morreu de overdose em 1974)e é sabido que nesse Verão correu por Paris heroína de uma pureza invulgar. Outra hipótese seria um assassinato feito pelas próprias autoridades do governo americano. Morrison referiu-se a si próprio como sendo o nº 3, a morrer misteriosamente, tendo sido os dois primeiros Jimi Hendrix e Janis Joplin. O relatório oficial diz que foi “ataque de coração” a causa da sua morte.


Cabaret - Meio metro acima do bem do mal


Desta vez, meu post não é pra falar de nenhum deus do rock, muito menos dum demônio. Estou apenas divulgando uma banda que muito me agrada, e que faz muito sucesso no cenário alternativo do Rio e do Brasil, e que, se dependesse de mim, se enquadraria num dos grupos inicialmente citados, pois seu estilo glam rock impressiona ao vivo. Com participações no festival MADA (Múscia alimento da alma), que acontece todo ano em Natal, RN, a banda existe desde 2004 e têm um albúm lançado "Cabaret" (veja aqui o release: http://www.rastropop.com.br/popmedia.asp?id=505).

Aí algumas palavras de Fred Leal sobre eles: "No meio do caminho entre Rolling Stones e Elis Regina, o Cabaret se finge de glam para trazer de volta aos palcos brasileiros toda a grandiosidade do rock de arena e seu poder de ocupar vazios com som, de fazer o silêncio se calar para acompanhar solos de guitarra. E numa época onde DJs do mundo inteiro recombinam sucessos de artistas diferentes em novas canções, o Cabaret passa por Led Zeppelin e Cauby Peixoto num mesmo refrão, soando como a banda velha mais contemporânea que você nunca ouviu antes."

São muito debocahdos e procuram sempre se divertir e divertir o público quando no palco. A formação atual é composta por De La Foca, bateria (Bruno Fochi), Myself Deluxe, baixo (Marcelo Caldas) Peter Glitter, guitarra (Pedro Carrilho) e Marvel, voz (Márvio Rafael). E chega de enrolar, aqui vai o primeiro clipe deles, da música "Rockstar Baby", e outros links para quem se interessar em conhecer mais.

O dito cujo:


Release completo, shows e muito mais: http://www.radiocabaret.com.br/
Informações em geral:contato@radiocabaret.com.br
Myspace:http://www.myspace.com/radiocabaret
Fotolog:www.fotolog.com/radiocabaret
Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=63366

Na agenda, apenas um show em abril, em sp
Sexta, 18 - CLUBE OUTS
Rua Augusta, 486 - Consolação - São Paulo
Entrada: R$ 10

Pessoas que se interessarem mas não puderem ir, eles estão constantemente divulgando datas no fotolog, e sempre fazem shows não só no eixo rio-sp mas também no norte e nordeste.

Atenciosamente,

Lucas Barreto, o ozzy glam e mpb

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Rod Stewart no RJ - análise

A volta do coveiro valeu a pena?Como eu prometi, fui no show do velho rockeiro Rod Stewart no RJ, sábado dia 5/4, e trago minhas impressões pra vcs, como fiz com o (ótimo) show do Ozzy.

Cheguei na Rio Arena (ou HSBC Arena) pontualmente, faltando 5 minutos para começar o show. Calma, eu não sou nenhum louco que chega na hora do show e quer pegar a grade xD. Os assentos eram numerados, por isso a possibilidade de chegar na hora certa. Como o público do Rod é mais adulto, rico (os ingressos chegavam a 500 reais) e mais velho, todos foram de carro à apresentação, portanto as vias de acesso ao local estavam todas congestionadas. Tive que saltar e ir a pé, correndo, para não chegar atrasado.

Tomei meu lugar na cadeira VIP da pista, e esperei o show começar. O show começaria às 22:00h, mas mr. Stewart só apareceu no palco com 10 minutos de atraso, após vídeos no telão e um trailer de cinema do fícticio The Rodfather, indicando que Rod ainda era um dos grandes cantores do mundo. Mas o que se viu não foi isso.

O show

Com a música It's a Heartache cover de Bonnie Tyler , Rod Stewart abriu a noite, emocionando todos os presentes. O cantor mostrou logo os sinais do cansaço: não parava de enxugar o suor com um pano, e não se movimentava muito pelo palco. Esquisito ver alguém que já foi um dos pilares do rock tão parado daquela maneira, mas tudo bem, afinal seu carisma continuava intacto. Interagiu bastante com o público, acenando para os fans e chutando diversas bolas de futebol que ele tinha à disposição para essa finalidade, todas autografadas por ele. Mas ele não chutou nenhuma na minha direção =[

Rod, que ainda fez um intervalo no meio da apresentação, mostrou que sua clássica voz rouca ainda é potente, e fez o show sem maiores dificuldades.

A banda
A sua banda era muito competente também. Os músicos não tinham uma técnica exatamente impressionante, mas levaram bem o show. Destaque para o guitarrista, que tirou uns solos bonitos, embora simples.
Mr. Stewart mostra que é malandro e se cerca de mulheres no palco também. Sua tecladista, saxofonista e violinista eram lindas, e muito talentosas. Palmas para a violinista, que cantava no backing vocal também, e para o próprio trio de backing vocals, que fizeram duetos com Rod durante o show.
O baterista, embora bizarro (o cara tocou cercado por uma espécie de redoma de vidro o show inteiro, wtf??), mostrou a que veio durante um longo solo de bateria, muito aplaudido.
Enfim, a banda toda era de qualidade. Eles definitivamente não foram o maior problema do show, que foi...

A platéia
Composta em sua maioria por pessoas de idade e com dinheiro, a platéia definitivamente travou o show, impedindo que fosse mais animado. Nem músicas mais rápidas como Young Turks agitaram o pessoal, que parecia anêmico. Alguns até ficaram sentados o show inteiro, embora a grande maioria das pessoas estivesse de pé.A platéia também só marcou presença nas músicas Sailing e Have You Ever Seen the Rain (cover de Creedence Clearwater Revival). Esta aliás, foi a que mais teve participação do público.
Todos me olhavam como se eu fosse um louco, por estar pulando e vibrando xD

Concluindo
Apesar de tudo, Stewart mostrou que ainda é capaz de fazer um show sólido, e até mesmo emocionante. Foi um show longo, mas não com a vibração que o rockeiro tinha antes. Aliás, nem rockeiro ele parece mais. Um cantor que envelheceu junto com seu público em todos os sentidos, o que explica a presença mínima de jovens da platéia. Pena, pois um cara de sua importância (foi aclamado por Jeff Beck e Jimmy Page no passado) deveria ter sua música ouvida mais pelas novas gerações. Ainda assim, ao final do show todos estavam com gostinho de quero mais.

Roqueiros Bêbados

Muito hilário este video, coisa típica das internerds mesmo...vejam por vocês:


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Mudando de assunto, uma curiosidade:
- Somos o terceiro site buscando, no Google, pela expressão "Rock Zoo". E o primeiro endereço também é sobre nosso blog!! De 450.000 resultados.

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&rlz=1T4GZEZ_pt-BRBR246BR246&q=rock+zoo&meta

obs: infelizmente, ninguem busca "rock zoo" no google...¬¬

ainda!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Metallica entre as bandas mais vendidas

Temos uma banda de metal no ranking das que mais venderam discos nos EUA desde maio de 1991 . A notícia é de Paul Grein, do Chart Watch do Yahoo! Music. Segundo ele, o Metallica está na quinta posição do ranking, com impressionantes 48.867.000 discos vendidos! E mais: se continuarem no mesmo ritmo, os americanos devem atingir a marca de 50 milhões por volta do início de 2009

Que o Metallica tem sua importância no rock e um lugar no hall das bandas mais importantes, ninguém duvida. Ainda assim, eles conseguiram a proeza de ser a única banda de metal entre as 10 primeiras colocadas, na frente até mesmo do lendário Pink Floyd. Sim, eles ficaram na frente do PF. Realmente, um feito incrível para os metaleiros californianos. O sucesso se deve em grande parte aos discos Metallica, ..And Justice for All, Master of Puppets e Ride The Lightning, todos grandes clássicos do metal. Metallica ao vivo em Londres, 2003

Outra surpresa foram os Beatles em segundo lugar, atrás do cantor de country Garth Brooks, mostrando a força do country nos EUA. Outros cantores de country bastante vendidos foram George Stait e Tim McGraw, o que indica também a forte identidade cultural do norte-americano com o country (e que os caipiras gastam muito dinheiro com bebida, armas e discos).

Os EUA tem um cenário e uma indústria musical muito forte, portanto a lista é um bom indicativo do sucesso de determinados gêneros musicais no país. Apesar disso, Mariah Carey e Celine Dion entre as mais vendidas mostram que a lista não é exatamente o retrato da perfeição, e que deve ser encarada com uma ponta de ceticismo xD

Abaixo a lista dos 10 primeiros colocados:
1- Garth Brooks - 67.774.000
2-The Beatles - 56.110.000
3-Mariah Carey - 54.004.000
4- Celine Dion - 49.951.000
5-Metallica - 48.867.000
6- George Strait - 39.403.000
7- Tim McGraw - 36.657.000
8-Alan Jackson - 35.654.000
9- Pink Floyd - 34.665.000
10- Shania Twain - 33.591.000
O primeiro clipe do Metallica foi o do single Enter Sandman, do álbum "Metallica" de 1991. O vídeo ganhou o prêmio de Melhor Video de Hard Rock (hard rock?), do MTV Video Music Awards em 1992, além de ter sido indicado para Melhor Cinematografia e Melhor Edição. Apesar disso é um vídeo bem simples (o que vc queria de 1991? Matrix?). O clipe do vídeo histórico:

segunda-feira, 7 de abril de 2008

[História] Foram os negros!

Fala galera, tenho estudado nesses últimos dias e a isso atribuo minha ausência.
Vou iniciar uma coletânia de posts sobre a HISTÓRIA DO ROCK. Desde os primórdios até os dias de hoje. Explorando os artistas, as musicas e contextualizando com a geopolítica e os acontecimentos da época. No final: Uma sínteze e a "árvore genealógia" abrangindo os estilos do rock. Perceba a música anda colada com a história da época.

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Origem do Rock and Roll.
Blues + Jazz = Rock 'n Roll

Música negra (Blues): A base do rock. Os negros escravos trazidos da África, para as plantações de algudão nos EUA, criaram o Blues, inicio do século XX. Ess ritmo era focado no vogal e tinha como base o violão. A música é melancólica, tendo amores desfeitos e a bebida como tema. Inicialmente, o ritmo tinha a função de aliviar o trabalho duro imposto aos escravos. Com a abolição da escravatura, os negros se dispersaram e alguns foram para as cidades, levando consigo os cantos de blues. O aparecimento deste novo proletáriado teve como consequência direta a grande procura por divertimentos: lojas de bebidas sala de jogos, casa de prostituição - locais onde a música dava a tônica
Desenvolvia-se também a música gospel negra, que embora obedecendo as escalas de blues, caracterizavam-se por rítmo frenético ou mesmo sensual, canções de redenção e esperança para um povo oprimido. A música era acompanhada por piano ou órgão.

Principais representantes do blues:
Sonny Boy Williamson: grande gaitista.

Bessie Smith: A maior de todas as cantoras de blues. Veja no vídeo a bebida...

Bo Didley: Precursor da batida do rock.

Música branca (Jazz): Enquanto o blues tomava seu rumo. Nas grandes cidades se tocava o jazz. Baseado na improvisação e marcado por bandas maiores e arranjos mais elaborados, com precursão e instrumentos de sopro. A música era vibrante, entusiástica. Embora criado por negros, o ritmo caiu na graça do brancos. Sendo tocado em muitos bailes.

Principais precursores do jazz:
Miles Davis


John Coltrane

A Fusão: o êxodo rural, provocado pelo desenvolvimento das indústrias e a economia de guerra, havia levado mais gente para as cidades, forçando a convivência entre negros e brancos. Favorecendo a influência mútua entre a música negra (blues e seus derivados) e a música branca (principalmente country e jazz). Da fusão do blues original com os rítmos mais dançantes dos brancos surgiu o rhythm and blues (R&B), que levou a música negra ao conhecimento da população consumista.
No pós 2ª Guerra Mundial, os EUA saíram como grande potencial mundial. O sofrimento da guerra foi aliviado com a música, prezando o gozo da vida. Unindo a isso, temos uma população estadunidense mais consumista e com mais dinheiro para gastar. Esses fatores propiciaram a divulgação do rock ‘n roll primitivo.
Com o forte consumismo, baseado no “american way of life”, os jovens passaram a ter maior liberdade de escolha, assim como produtos destinados exclusivamente a eles. Esses se sentiram atraído pelo R&B, negando a música branca de seus pais.
A aceitação deste tipo de música pelo público de maior poder aquisitivo levou a incipiente indústria fonográfica da época a investir na evolução do estilo e procura e contratação de novos talentos, principalmente na procura de um jovem branco que pudesse domar aquele estilo aliando a ele uma imagem que pudesse ser vendida mais facilmente. Tornaram-se comuns os relançamentos de versões de músicas dos negros re-gravadas por artistas brancos, que terminavam por tirar os verdadeiros criadores do estilo do topo das paradas.
Houve uma revolução nos costumes, o sexo passava a ser considerado diversão. As canções de amor por pressão do público comprador passavam a dar lugar a letras mais sacanas, embora muitas vezes fosse necessário criar versões atenuadas de versos mais diretos.

Sobre a origem, assemelha-se do Funk Carioca. Este estilo também foi criado pelas camadas mais pobres da cidade, tendo atraído primeiramente o público jovem, até os ricos. Sendo considerado vulgar pela sociedade conservadora, por suas letras sacanas e dança sensual.

O Criador: Não foi Elvis, Chuck Berry ou Bill Haley o criador do Rock. Apesar de ser um estilo musical de origens diversas e marcado pela complexidade. O disk jokey Allan Freed, radialista de programas de rhythm and blues de Cleveland, Ohio, que primeiro captou e investiu na carência do público jovem consumista por um novo tipo de música mais energética e primeiro percebeu o potencial comercial da música negra. Foi o que “inventou” o termo “rock and roll”
OBS: “Rock and Roll” era uma gíria dos negros estadunidenses, referente ao ato sexual. O disk usou o termo, dando o nome do novo estilo musical.
Ele criou um programa de rádio, que divulgava o R&B, e mais tarde o rock.

Precursores do R&B:
LaVern Baker

Na Inglaterra, The Animals, The House Of The Rising Sun.


é isso, continua. Abraços
Fonte: http://whiplash.net/materias/historia/000080.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rhythm_and_blues
http://www.ejazz.com.br/ojazz/default.asp
http://guia.mercadolivre.com.br/origem-historia-blues-so-faceis-tocar-mas-dificeis-interpretar-jimi-hendrix-14815-VGP
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Os puxas-sacos:The Clash foi influenciado por The Who, banda de rock britânica surgida nos anos 60. Essa banda tinha temas recorrentes de rebelião juvenil e confusão sentimental, ajudando na criação do Punk Rock.
Por onde anda:Alice in Chains, uma banda da década de 90, sendo um dos principais representantes do movimento grunge. O integrante da banda, Staley, morreu em 2002 de overdose. A partir dai, a banda parou de porduzir novas músicas e só viveu de participações em concertos e shows. Em 2007, a banda afirmou que se fosse produzido novos materiais, essa mudaria de nome. A banda pretende entrar em estúdio para gravar o novo álbum, visando lançamento em 2008.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Crazy Train - Show do Ozzy

(ou "o porque de agora eu poder morrer em paz") Salve pessoal...
Nesse momento estou dando graças a Deus pelo blog ser escrito. Se fosse falado, eu não poderia atualizar por dias. Minha garganta dói demais, não consigo falar direito, e minhas pernas mal sustentam meu corpo nesse momento. As articulações doem, as costas também (afinal, o que eu levei de cotovelada lá perto da grade não foi brincadeira). Mas tudo isso não é nada se comparado ao show maravilhoso que eu vi ontem. Épico, essa é a palavra que descreve o show.

Cheguei na Rio Arena por volta das 4 da tarde, e já devia ter umas 2 mil pessoas lá. O pessoal da fila gritava "Ido ido ido, o Korn ta falido", já anunciando que lá dentro ia ter conflitos entre fans de BLS/Ozzy X Korn. O que não ocorreu em momento nenhum, apesar das (poucas) rodas de porrada que ocasionalmente surgiam, mas que não tinham um grupo específico como alvo.
Era possível ver gente de todo tipo, todos vestindo roupas pretas, e de várias faixas etárias. Fans velhos e novos de Ozzy comemoravam juntos o retorno do Madman, numa festa muito bonita e organizada.

O show do Black Label Society
O palco já estava com uma cortina preta erguida quando os portões foram abertos. Tinha o símbolo e o nome do BLS, uma caveira gigante já recepcionava os felizardos que chegaram para ver a banda de stoner metal tocar. Exatamente às 7:30 as luzes se apagam e o povo vai ao delírio, todos começam a gritar Zakk! Zakk! Zakk!. Muitos ainda não haviam chegado, e por esses eu só tenho a lamentar. A música então começa a tocar.

Eis que a cortina cai e surge ele, o mestre Zakk Wylde, com uma Gibson Flying V Bullseye (aquela com a clássica pintura preta e branca), já mandando ver no vocal e nos seus riffs pesados, tocando New Religion.

A galera enlouquece, todos se fundem em uma grande massa humana e começam a pular descontroladamente, erguendo as mãos e saudando o ídolo (qualquer semelhança com um culto não é mera coincidência). Você pulava e ao descer, já não havia mais espaço. Até aí tudo bem, se não fosse meia-dúzia de palhaços que resolveram causar um empurra-empurra tremendo, tornando impossível ver o show. Fui obrigado a ir um pouco mais para trás onde não havia tumulto, e aí sim pude apreciar o show. E que show. Zakk sabe como se portar no palco, tem muita atitude. A banda bem entrosada, todos se entendiam muito bem ao tocar. Apesar de saber que era o Zakk quem atraía todas as atenções, eles foram muito profissionais e tocaram com energia também, não deixaram se ofuscar pelo Wylde (não muito, pelo menos). Zakk deitou e rolou, tocando guitarra nas costas, com o dente...simplesmente foda. Ao final de toda música, Wylde (que é cristão) fazia o sinal da cruz, batia no peito e apontava para cima, além de beijar suas guitarras (5 modelos diferentes de guitarras Gibson personalizadas.

O som começou com os vocais um pouco baixos em relação aos demais instrumentos da banda, o que não prejudicou muito o show. Mas logo o problema foi resolvido e o somo ficou ótimo. O set list do Black Label Society foi bem equilibrado, mas poderia ter sido maior. Mas não se pode esquecer que eles eram "apenas" a banda de abertura.

Foi uma apresentação muito boa, com destaque para Zakk Wylde e todos os seus companheiros, que mostraram grande energia e empolgação para tocar diante de uma multidão agitada que conhecia todas as letras. Só eles já teriam valido o preço do ingresso, mas a noite estava apenas começando.

Set list:
1-New Religion
2-Been a Long Time
3- Suffering Overdue
4-Bleed for Me
5-Suicide Messiah
6-Fire It Up
7-Black Mass Reverends
8-Concrete Jungle
9-Stillborn

O show do Korn
Antes de continuar, uma ressalva: eu não gosto do Korn. Não fui para vê-los, não me identifico com eles. Mas tenho que tirar o chapéu para a banda. O vocalista Jonathan Davis (com um saiote verde camuflado) cantou com muita energia e presença de palco, assim como o baixista Fieldy. Porém o mesmo não pode ser dito de Munky, o guitarrista. Ele ficou a maior parte do tempo parado tocando, e não se moveu pelo palco. Não sei se isso é do estilo dele, mas foi assim que ele fez. Alguns fans chegaram inclusive a jogar garrafas nele (o que eu achei um absurdo, se não gosta, não assista ao show).

Destaque para a percussão do show. A banda tem um baterista INSANO. Eu fiquei assistindo à apresentação do lado do palco, na frente das caixas de som, e meu amigo...meu ouvido quase explodiu. O local todo tremia com as batidas, algumas vezes cheguei a pensar que a estrutura de metal das luzes, que fica pendurada na frente do palco, fosse cair. Ponto pra eles.

Teve uma hora que o Korn usou um truque sujo pra chamar a atenção da galera. No meio da música Coming Undone, eles emendaram uma parte de We Will Rock You, do Queen. Nesse momento até quem odiava Korn participou da festa, todos os presentes cantando junto. Eles não precisariam disso, pois as pessoas já estavam bem envolvidas no show, mas fizeram mesmo assim. Melhor pra nós.

O set list foi:
1-Right Now
2-A.D.I.D.A.S.
3-Hold On
4-Falling Away From Me
5-Coming Undone/ We Will Rock You
6-Here to Stay
7-Starting Over
8-Faget
9-Freak on a Leash
10-Evolution
11-Somebody Someone
12-Got the Life
13-Blind

No final o baterista jogou todas as baquetas pra galera. Fizeram um show maior que o do Black Label (em termos de duração), bem energético e sem pontos negativos, fora as rodinhas de porrada que seus fans fizeram. Mas tudo bem, faz parte. Então eles sairam do palco para o momento que todos esperavam...

O show do Ozzy Osbourne
Nessa hora eu já sofria de palpitações, contando os minutos para as 22:00h, início do show.
Já era 22:10 quando uma voz encheu o ar, cantando "Olê Olê Olá", ainda com as luzes acesas e sem nenhum tipo de aviso prévio. Todos se perguntavam quem era, quando a mesma voz solta uma gargalhada muito familiar. Sim, era ele mesmo, Ozzy Osbourne.

Então tudo ficou escuro, e clipes de filmes e seriados começaram a surgir no telão. Primeiro Piratas do Caribe. A reação de todos foi perguntar "que porra é essa??". Mas então a surpresa: Ozzy no lugar do pirata Jack Sparrow! E assim foi com os outros clipes, com Ozzy assumindo papéis de personagens da TV em montagens com os atores reais em cena. A cena dele cagando no chão, na paródia de The Office, e embaixo da saia da rainha da Inglaterra foram impagáveis. Então os clipes acabam e...

Surge a lenda.

Eu não posso expressar com palavras a emoção daquele momento. Todo de preto e com seu clássico óculos escuro, Ozzy saudou a platéia incrédula e foi até o microfone. Ao mesmo tempo Zakk Wylde já fazia os primeiros acordes de I Don't Wanna Stop. Nossa...foi uma injeção de emoção em todo mundo.
Ozzy jogava baldes de água na platéia, como faz em seus shows. A galera pulava e levantava as mãos no ar, todos cantando a letra em uníssono. O madman estava animado, muito lúcido, e cantou muito bem o show inteiro. Ozzy voltava a ser jovem novamente diante da platéia carioca.

Logo depois da primeira música, ele perguntou como as pessoas estavam. Melhor impossível. Então começou a cantar Bark at the Moon, a platéia toda sempre acompanhando. Lá pelo meio da música o madman fez mais um de seus atos clássicos, mostrou a bunda pra platéia. A multidão foi ao delírio com isso. O tempo todo ele falava "Let's get fucking crazy!!!" e todos estavam mesmo, como loucos diante daquele momento único.
Vendo a inigualável animação da platéia, Osbourne chegou a se ajoelhar no chão e prestar reverência para todos, enquanto Zakk tocava as músicas perfeitamente. Definitivamente Wylde não é um "músico de estúdio". Um dos melhores momentos foi quando jogaram um par de chifres vermelhos no palco, que o madman logo tratou de colocar na cabeça, para delírio de todos. Momentos depois um morcego de plástico foi jogado no palco, e Ozzy colocou o morcego na boca, fazendo até mesmo o fechado Zakk rir. A multidão os presenteava com todo tipo de coisas, Osbourne chegou até mesmo a pegar um colar jogado para ele e guardar no bolso.
Presença de palco nota 10. Ozzy corria por todo o palco, jogando baldes d'água nas pessoas (fazendo a chamada "bênção") e pedindo palmas. Ele estava tão animado e revigorado que cantou a lendária música do Black Sabbath, Iron Man (embora sem o solo final). E à pedidos do público, cantou No More Tears também.

Eles voltaram ainda para um bis, com Mama I'm Coming Home. Nessa música, Wylde usou uma Gibson Double Neck. Então Ozzy disse a multidão então começou a gritar "one more song! one more song!". Mais uma vez Osbourne atendeu aos pedidos e cantou Paranoid, outro clássico do Black Sabbath. E foi nessa música que a confusão começou.

Set list:
1-I Don't Wanna Stop
2-Bark at the Moon
3-Suicide Solution
4-Mr. Crowley
5-I'm Not Going Away
6-War Pigs
7-Road to Nowhere
8-Fire in the Sky
9-Crazy Train
Zakk Wylde Solo (10 minutos!)
10-Iron Man
11-No More Tears
12-I Don't Know
13-Here for You
14-I Don't Wanna Change the World

bis
Mama I'm Coming Home
Paranoid

A confusão com a guitarra do Zakk
Com um minuto da música Paranoid, Zakk Wylde desafia algumas pessoas da platéia, apontando para elas. Ele então pega sua guitarra e arremessa para a galera. Sim, ele jogou a guitarra. Mas não foi qualquer guitarra...foi sua Gibson de estimação, a chamada The Rebel. Única no mundo (ele até encrustou tampinhas de cerveja no corpo da guitarra), essa é a única que ele não poderia ter jogado em hipótese nenhuma. Se fosse uma das Gibson Signature que ele tem, qualquer coisa era só comprar outra na loja. Mas o mesmo não vale para essa The Rebel, que foi dada a ele por uma custom shop em 1988.

Logo depois de jogar a guitarra, Zakk Wylde tira as botas e se lança na platéia! A multidão delira com o stage diving, mas na verdade a finalidade de Wylde é outra: recuperar sua guitarra de estimação. E ele se atraca com 2 ou 3 pessoas enquanto as demais roubam coisas dele, como cinto e anéis. Até a calça dele abaixaram e deram tapinhas em sua bunda. Ele não estava se importando: só queria a guitarra de volta, e rápido!. Então ele foi fagocitado pela multidão, para desespero dos seguranças.

Logo depois ele reaparece e os seguranças conseguem puxá-lo de volta, mas sem a guitarra. Nesse momento todo o pessoal da crew do Zakk e os seguranças estavam ali, segurando o guitarrista (que queria pular de novo) e tentando pegar a guitarra de volta. Um doente se aproveitou da confusão para subir no palco e ser jogado de volta por um segurança. Tudo isso enquanto a banda continuava tocando, e o Ozzy rindo da cena e agitando a platéia.

Zakk então sobe de volta ao palco e fica olhando para a multidão, esperançoso de ter seu instrumento de volta, quando um segurança devolve a guitarra para ele. Sem o headstock (parte de cima). Sim, quebraram a guitarra de estimação dele. Na confusão, aparentemente ela caiu e foi pisoteada pelas pessoas que queriam tocar nele.

Muito puto, Zakk ergue a guitarra quebrada para a platéia e a joga no palco. Ele ainda foi muito profissional e agradeceu a platéia pela atenção. Afinal, não é culpa de todos que uns animais tenham feito isso.

É difícil apontar certos e errados nessa história. Zakk nunca deveria ter jogado AQUELA guitarra (embora jogar guitarras seja comum em seus shows). E as pessoas deveriam ter tido um mínimo de educação para devolver o instrumento, que tem muito valor sentimental para ele. Jamais poderiam tê-la pisoteado. De qualquer forma, esse sem dúvida foi o ponto alto do show.
Veja a guitarra que foi jogada, na mão esquerda do Zakk (clique para ampliar):
Vejam um vídeo desse momento (dá pra me ouvir gritando xD):




Concluindo
O evento foi de um preço honestíssimo (90 reais a meia entrada), e todos foram puta shows, especialmente o do mestre Ozzy. Apesar do ocorrido com a guitarra do Zakk, o sentimento geral era de que todos da banda gostaram muito do carinho do público. Empolgado, Ozzy até mesmo prometeu: "Faz tanto tempo desde o último show aqui. Eu prometo a vocês que não demorarei tanto para retornar novamente. Amo vocês todos!" Enquanto isso parece difícil de se realizar (essa segundo ele era a última turnê), fica aí a esperança de que um evento épico como esse possa se repetir. Ozzy Osbourne, que os deuses do rock te abençoem.

Outros vídeos do show:

Ozzy cantando No More Tears a pedido do público:

Mama I'm Coming Home, com Zakk usando Gibson de 2 braços:

Mr. Crowley, clássica, com Ozzy ajoelhando fazendo reverência ao público:


A bonita Road to Nowhere (chorei nessa):